Vitorino Campos: Três coisas bem diferentes nessa coleção: o local onde foi apresentada, como e a inspiração da coleção. Primeiro que foi no estúdio do fotógrafo André Schiliró, segundo que as roupas foram exibidas em manequins enquanto um ‘vídeo-desfile’ era apresentado. E a inspiração? O ruído branco, aquele som chiado que a televisão fazia quando estava sem sintonia(que na verdade é a junção dos sons de todas as frequências disponíveis). Acho que essa inspiração ficou mais clara nos looks que tinham tramas que lembram a imagem que aparecia na tela. O mood era minimalista dos anos 90 e o preto reinou nas peças com recortes e dobraduras, decotes, fendas e alfaiataria. Depois o rosa, dourado e azul metalizado apareceram e, no fim, a renda com brilhos bordados – dando o contraste entre as roupas rígidas e as leves e femininas. As unhas douradas e os óculos também criaram a impressão de uma mulher misteriosa e meio futurista.
Alexandre Herchcovitch: O estilista está comemorando seus 20 anos de carreira e nesse verão resolveu rever o desfile da mesma estação que ele fez em 1999. Todo em preto, branco e cinza (exceção de 3 looks roxos), o desfile começou com as listras de risca de giz, que depois evoluíram para umas mais grossas e terminaram como zebras. Outras peças desconstruíam a jaqueta perfecto, por isso muitos zíperes apareciam nos vestidos. Tinha uma ou outra barriga de fora, brilhos, saias rodadas ou assimétricas , alcinhas finas e no final vimos a renda. Algumas modelos apareciam com seus casacos nas costas, como se fossem capas. Foi um desfile bem morno em comparação ao que costumamos ver na marca.
Amapô: Inspiradas no fundo do mar, nas sereias e nos piratas, as estilistas Carol Gold e Pitty Taliani continuaram com sua moda divertida e fora do comum. Uma causa de sereia gigante estava no fundo da passarela por onde vestidos com babados, coletes com escamas e peças esportivas com estampa de sereias e tritões passavam. Também teve uma estampa tribal, barriguinhas de fora e assimetrias. A trilha foi toda do Frank Sinatra (voz encantadora).
Osklen: A marca já olha para as festas que vão acontecer no verão de 2014 (a Copa vai animar nossa vida, né). Então a inspiração foi: as pedras preciosas usadas nesses grandes eventos! Acho que foi totalmente em sintonia com os desejos já de hoje, como pedras bordadas nas roupas, cores e brilhos de joias recortes (que lembram as lapidações). Verde esmeralda, vermelho rubi, amarelo brasilianita, azul turmalina, laranja citrino e até diamantes foram contemplados na coleção. Também teve cinza, areia e preto – uma referência às pedras ainda não lapidadas. Coqueiros, alcinhas, barriga de fora, costas nuas e shortinhos lembram que aquela coleção é completamente carioca (mesmo sendo apresentada em SP).
Colcci: O tema foi “Geometric Gardens” e o resultado foi bem fresh. A marca está se desenvolvendo de uma forma muito boa, encontrando outras características fortes além do jeans (que nessa estação apareceu escuro, sem muitos detalhes). As peças tinham muitas texturas e as estampas eram super desejáveis (uma floral fofinha e outras duas que lembram ladrilhos hidráulicos). Babei nas botinhas, sandálias e bolsas. Vi várias versões de terninhos, camisas de botão amarradinhas, listras, casacos por cima dos ombros (charme!) e muitas peças confortáveis, até oversized, além das mangas bem grandes. A feminilidade ficou nos vestidinhos, que eram meio tubinhos, só que com uma saia rodada no final.
A geometria de verão da Colcci.... AMEIII. e a volta da saruel? Pois praticamente todas as calças femininas eram assim, num corte de pantalona que deixavam elas super descoladas e sofisticadas, amei a cartela de cores cheia de brancos, verdes e amarelos, com pitadas de azul (claro e índigo) e preto (meio Brasil, meio Jamaica) e os geometrismos (a coleção se chama “Geometric Jarden”) nas modelagens mais sequinha (como os godês e as mangas japonesas) e no visual(nas texturas de listras e estampas 60′s). Vejam só meus favoritos! :)
E vocês meninas, gostam?!
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